Gabriel Medina não se abalou com a derrota na semifinal e conquistou a medalha de bronze do surfe nas Olimpíadas. Nesta segunda-feira (5), contra o peruano Alonso Correa, uma zebra na competição, o brasileiro surfou as melhores ondas e garantiu seu lugar no pódio em Teahupoo, no Taiti.
O que aconteceu
Alonso Correa começou bem a bateria, encontrando um tubo espremido, difícil de ser completado, mas executado com maestria, somando 7,33.
Gabriel, no entanto, não quis saber de esperar. Quase que no mesmo momento, o brasileiro veio na onda de trás, conectando boas batidas, arrancando 5,67 dos juízes.
No duelo seguinte, o peruano veio primeiro com batidas fortes, colocando mais um 5,00 em sua somatória, enquanto Medina tentou pegar dois tubos, sendo esmagado por ambos.
Você Viu ?
Em um dos momentos decisivos da bateria, Medina saiu de maneira mágica de dentro de um tubo apertado (7,50), mas o melhor ainda estaria por vir. Na disputa de remada, conseguiu voltar ao outside primeiro que o peruano, tomando a prioridade número um para ele.
Medina fez valer seu esforço: usou a prioridade para pegar o melhor tubo da bateria, anotando 7,77. Na onda seguinte, repetiu exatamente a mesma nota e colocou um ponto final na disputa, vencendo com um somatório de 15,54 contra 12,43 do peruano.
Brasil fatura 2ª medalha no surfe
A medalha de bronze de Gabriel Medina é a segunda do Brasil no surfe masculino olímpico. Italo Ferreira, que sequer se classificou para as Olimpíadas, foi o campeão em Tóquio 2020.
Sem o ouro, mas na história
Medina se despediu de Teahupoo, no Taiti, tendo anotado a melhor onda da história do surfe nas Olimpíadas.
Nas oitavas de final, contra Kanoa Igarashi, o brasileirou arrancou um 9,90 dos juízes em um tubo espetacular.
Além da pontuação, a onda entrou para a história pelo registro fotográfico feito de sua saída. Com o braço erguido, como um super-herói, viu sua imagem rodar o mundo e ser eleita um dos grandes momentos das Olimpíadas de 2024.