Nos shows de música sertaneja, tornou-se comum que artistas reservem momentos especiais para interpretar canções “raiz”. Sucessos como “Fio de Cabelo”, “Boate Azul” e “Ainda Ontem Chorei de Saudade” continuam a ressurgir nas vozes de novos talentos e veteranos, conquistando novos públicos e se consolidando como ícones atemporais do gênero.
Esse movimento nostálgico tem sido amplamente adotado por músicos como Lauana Prado, Edson e Hudson, Gian e Giovani. Esses artistas, em turnês que percorrem todo o Brasil, têm celebrado suas origens por meio da releitura de clássicos. Os sertanejos ressaltam a importância de manter viva essa herança cultural e citam quais músicas já podem ser consideradas “clássicos modernos”.
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Nostalgia e Renovação: O Caso de Lauana Prado
Lauana Prado, por exemplo, transformou a nostalgia em um espetáculo itinerante com o show “Raiz”, no qual mescla composições próprias com releituras de sucessos de outros artistas. Foi por meio dessa proposta que a cantora alcançou o topo das paradas em 2023, com uma versão de “Escrito nas Estrelas”, sucesso de Tetê Espíndola na MPB dos anos 1980.
“A música sertaneja é muito rica, muito preciosa”, afirma Lauana. Para ela, as regravações e releituras permitem que a essência do gênero seja transmitida às novas gerações. “O ‘Raiz’ respeita as interpretações originais desses ídolos, mas traz um frescor que permite que as novas gerações também cantem e ouçam.”
Nos bastidores do cruzeiro Maiara e Maraisa em Alto-Mar, a cantora destacou o propósito maior do projeto. “Mais do que fazer um álbum, quero manter viva a cultura e a raiz da música sertaneja e brasileira.”
César Menotti e Fabiano: A Importância do Momento Raiz
Para César Menotti e Fabiano, os momentos “raiz” nos shows surgiram de forma despretensiosa, mas se consolidaram como parte fundamental das apresentações. Segundo Fabiano, as canções clássicas da infância dos artistas são a base para sustentar o que se faz hoje no sertanejo.
“A música raiz é o começo de toda nossa vida. Para a música de hoje ter sustentação, é preciso ter raiz”, afirma Fabiano. Já César Menotti enfatiza o prazer de interpretar essas músicas. “A gente começou a fazer isso sem se preocupar se o público gostava ou não. Hoje, é um momento importante do show.”
Por fim, artistas da nova geração, como Ana Castela e Luan Pereira, são reconhecidos por sua contribuição à renovação do gênero. “Os artistas jovens trazem um público novo, que acaba conhecendo os clássicos. Esse ciclo, acredito, será infinito para a música sertaneja”, conclui César Menotti.
Parcerias e Clássicos Eternos
Projetos como o show “Boate Azul”, que reúne as duplas Edson e Hudson e Gian e Giovani, também têm atraído multidões. A proposta, segundo os artistas, é simples e autêntica. “Não tem aquela preocupação: ‘Qual música vamos trabalhar?’ A gente simplesmente sobe no palco e se diverte”, explica Gian.
Edson, por sua vez, reforça a força atemporal dos “modões”. “Modão é sempre modão. Não importa quanto tempo passe, as pessoas sempre lembrarão de clássicos como ‘Saudade da Minha Terra’, ‘Fio de Cabelo’ e ‘Te Quero Pra Mim’.”
Edson, da dupla com Hudson, também enaltece os novos talentos, mencionando Luan Santana, Gusttavo Lima e Henrique & Juliano. “Luan Santana é um dos maiores artistas da história do Brasil. Ele tem inteligência, postura artística e canta muito bem”, elogia.
Clássicos Modernos e a Renovação
Além dos clássicos do passado, artistas como Maiara e Maraisa, Luan Santana e Marília Mendonça têm marcado a música sertaneja com o que muitos já consideram “clássicos modernos”. Lauana Prado cita “Cobaia”, sua parceria com Maiara e Maraisa, e “10%” como exemplos de músicas que resistirão ao tempo.
Assim, o sertanejo reafirma sua força ao conectar gerações e manter viva sua rica tradição musical.